terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Visitas in loco é trabalho de qual ombro?

Por Alcy Maihoní Rodrigues
Participei de uma gostosa reunião de educação, em uma tarde de dezembro, ano passado. Como sempre nestas reuniões gosto de chegar cedo, marcar lugar, cumprimentar as pessoas conhecidas e desconhecidas que vão chegando uma à uma. E quando tem um Coffee Break, então me sinto em casa.
O histórico encontro foi o primeiro organizado pelo Conselho Municipal de Educação da cidade de Nova Iguaçu, em conjunto com a equipe da Subsecretaria dos Conselhos destinada ao público alvo que era a equipe de supervisoras escolares da Secretaria Municipal de Educação. Assuntos centrais, visava sanar dúvidas sobre as atribuições e competências do conselho, tendo como convidada especial a palestrante Profa. Eliana Cavalieri, coordenadora estadual da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação-RJ.
O auditório da Procuradoria Geral do Município, onde foi realizado o evento, ficou praticamente lotado, tamanho o interesse das servidoras. Incrível que muitas desconheciam da importância que caracteriza o conselho, neste universo educacional de política pública.
As explicações da paciente palestrante de forma simples e objetiva esclareceu sobremaneira as várias interpelações pertinentes a este órgão, que hoje é considerado de estado, devido sua natureza autônoma e independente. E os relatos ricos em detalhes, transformou o evento numa aula maravilhosa, daquelas que da saudades na gente, já antes de terminar.
No meio da programação entre perguntas e respostas, a qual curto esta parte em qualquer reunião que participo, algumas supervisoras levantaram uma questão polêmica e que este ano já na primeira reunião temos, nós conselheiros que nos debruçar...
Eis a pergunta, feita para surpresa geral e minha principalmente:
_ A quem compete realizar visitas in loco, nas instituições de ensino, na questão de autorização de funcionamento? A secretaria de educação ou o conselho?
A pergunta tinha nítida carga de transferir este “fardo” para os ombros do conselho, que por sinal, desde sua criação nunca efetuou tal tarefa. Franzi a testa, ajeitei meus óculos com as duas mãos, como é de minha característica peculiar, quando noto que algo transformador (surpresa boa ou ruim) esta para acontecer, baseada na indagação que escuto e que de imediato analiso.
_ A tarefa cabe ao conselho, uma vez que possui também caráter fiscalizador.
Respondeu na lata, a nobre palestrante.
O evento encerrou, supervisoras saíram satisfeitas, conscientes de que parte de seu trabalho estará em outros ombros...será? O chato aqui tem algumas controvérsias e proposições (sempre tenho) que não cabia levantar naquele amistoso e prazeroso momento, mesmo porque, o tempo da reunião havia findado. Mas, será posto na mesa do conselho... Ah, isso vai!

Nenhum comentário:

Postar um comentário