quinta-feira, 2 de março de 2017

A insegurança nossa de cada dia.

Por Alcy Maihoní Rodrigues
Há tempos venho comentando sobre a questão da insegurança em nosso município de Nova Iguaçu, não é de hoje. Como não lembrar de 2012 e de 2013 onde políticos e seus respectivos partidos em conjunto com um seleto numero de lideranças de bairros e militantes de carteirinha, se manifestavam publicamente nas redes sociais da internet direcionados a este tipo de debates. Até uma majestosa carta de intenções foi aprovada, com direito a criação de um fórum regional.
Em 2012, o bondoso Bispo da cidade, vendo que a coisa estava feia (após ouvir diversos relatos) para a população, sugeriu que o exército estivesse nas ruas, por um período provisório, tamanho os altos índices de violência e manchas criminais crescendo a olho nu. Uns fizeram biquinhos de reprovação, outros aplaudiram pela postura firme do religioso (fui um deles) e outros se mantiveram paralisados em seus assentos como estátuas, parecendo ter ouvido os passos da medusa. Em 2013, com poucos meses para acabar o ano e nada de concreto ficou estabelecido em prol do coletivo popular, eis que surge um deputado, politico das antigas, "defensor dos fracos e oprimidos", todo garboso em seu bonito terno, informando que teve a iniciativa de protocolar seis ofícios de cobranças ao Governo do Estado e Comando do Batalhão local, para solução da situação da insegurança. Muitas promessas, abaixo assinados e ofícios foram orquestrados ( como se aquele político não soubesse) e ainda são feitas, reivindicações e cobranças, aqui e acolá para criação da Guarda Municipal, politicas sociais integradas, bla bla bla. De quatro em quatro anos o fundo do baú é revirado e após abertura das urnas, o baú de ideias fica novamente lacrado.
Temos hoje dois grandes conselhos de segurança e mais recentemente uma Secretaria Municipal de Segurança. Porém, enquanto estivermos entre quatro paredes trocando as mesmas ideias e iniciativas, respirando ar de confraria; repetindo petições e lamúrias os resultados serão pífios e causa de ruína. Enquanto, lá fora o povo continuará respirando pólvora, e sendo abatidos por balas certeiras. 
Celulares, bolsas, carros, motos, etc... permanecerão sendo surrupiados na mão grande a qualquer hora do dia ou da noite. Passou da hora de acordarmos por completo.